top of page

   BILL GRAHAM

Ele dedicou sua vida ao Rock and Roll. Carismático e visionário, com sua popularidade, se transformou no maior promotor de concertos da história do rock.

Graham nasceu em 8 de janeiro de 1931, com o nome de Wolfgang Grajonca, em Berlin, Alemanha. Dois dias após seu nascimento, perdeu o pai devido a uma infecção sanguínea causada por um acidente de trabalho na fábrica em que era empregado. Para ajudar as cinco filhas e o filho Wolgang recém nascido, a mãe viúva começou a vender flores artificiais para lojas na cidade.

 

Filho de uma família judia que emigrou da Rússia para Alemanha, com a expansão do nazismo, ele foi deixado em um orfanato pela própria mãe. Em seguida, foi transferido para outro orfanato na França, graças a um acordo pré-holocausto que permitia a troca de crianças judias por cristãs. Mas depois que a França foi invadida pela Alemanha Nazista, o menino foi enviado de volta para a Alemanha. Sobrevivente da Segunda Guerra Mundial, foi para os EUA. Sofrendo de desnutrição e raquitismo. Chegou em New York, em 24 de setembro de 1941. Adotou então o nome de Bill Graham, escolhido numa lista telefônica. Graham se mudou para a efervescente San Francisco, no início dos anos 60.

Graham na infância, em pé, segundo à esq, (anos 40)

Graham abriu e comandou espaços lendários como Fillmore West e Winterland Ballroom, em San Francisco e Fillmore East, em New York. Durante as décadas de 60 e 70, O promoter produziu concertos históricos dos maiores nomes da música na época. Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Jefferson Airplane, The Doors, Grateful Dead, entre outros. Foi ele quem apresentou ao grande público artisitas negros como Freddie King, Albert King, B.B. King, Junior, Chuck Berry e Muddy Waters.

Graham guiou a carreira do Jefferson Airplane e, com o produtor David Rubinson, criou dois selos de gravação, San Francisco Records e Wolfgang Records. Descobriu Carlos Santana, e insistiu para que se apresentasse no festival de Woodstock, em 1969. Já uma celebridade, Graham dividia seu tempo entre New York e San Francisco, completamente consumido pelos negócios do show business. Sua imagem destacada como figura do rock lhe rendeu convite para algumas produções cinematográficas como em Apocalypse Now. Ele também aparece como um promotor de eventos durante o filme The Doors, de Oliver Stone, em 1991.

Durante toda sua empreitada, sempre ajudou a arrecadar dinheiro para diversas causas e entidades como: Haight Ashbury Free Medical Clinic, pesquisa para cura da AIDS e Anistia Internacional, entre outras. Ele também organizou uma maratona televisiva de rock para arrecadar doações, que chegaram a dois milhões de dólares, para as vítimas do aterrorizante terremoto que atingiu a Bay Area de San Francisco, em outubro de 1989. No ano seguinte, reuniu 60 mil pessoas no Oakland Coliseum para dar boas vindas ao presidente sul-africano Nelson Mandela.

Em 25 de outubro de 1991, em Vallejo, California, Graham estava voando para casa em um helicóptero após um show de Huey Lewis. O aparelho foi atingido por uma forte tempestade e explodiu após bater numa torre de transmissão de alta tensão matando todos os ocupantes a bordo, inclusive Melissa Gold, namorada do promoter. Bill Graham morreu aos 60 anos fazendo extamente o que amava.

Um semana depois da morte do promoter. cerca de meio milhão de pessoas lotaram o Polo Field, no Golden Gate Park, para um concerto gratuito em memória de Graham. O evento contou com a participação de estrelas como Carlos Santana, Robin Williams, John Fogerty, The Grateful Dead and Crosby, Stills, Nash and Young. No encerramento, Joan Baez e Kris Kristofferson cantaram Amazing Grace. Três meses depois de sua morte, o nome de Bill Graham foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame.

Graham no Winterland... 
... e no Fillmore West, (1971) 
Graham e Keith Moon, (anos 70)
Graham com o Led Zeppelin, (anos 70)

Graham e Carlos Santana
Graham com Garcia e Grace Slick, (anos 70)
Graham e Ronnie Van Zant do Skynyrd, (anos 70)
Ao lado, helicóptero preso à torre, (1991)
Graham com Christine McVie e Stevie Nicks do Fleetwood Mac, (anos 70)

"Bill era extraordinário porque era uma fortaleza no meio de tudo aquilo. Ele não tomava ácido. Não bebia. Não parecia o tipo de cara que se interessa por outra coisa além de administrar a festa.” disse Pete Townshend, do The Who, na biografia Bill Graham Presents: My Life Inside Rock and Out, lançada em 204. O livro foi iniciado por Graham e finalizado por Robert Greenfield, ex-editor da revista Rolling Stone.
1931 - 1991
  • w-google+
  • Twitter Clean
  • w-facebook
bottom of page